JeremiasSelecione outro livro
Capítulo 13 de 52
- Capítulo 1Capítulo 2Capítulo 3Capítulo 4Capítulo 5Capítulo 6Capítulo 7Capítulo 8Capítulo 9Capítulo 10Capítulo 11Capítulo 12Capítulo 13Capítulo 14Capítulo 15Capítulo 16Capítulo 17Capítulo 18Capítulo 19Capítulo 20Capítulo 21Capítulo 22Capítulo 23Capítulo 24Capítulo 25Capítulo 26Capítulo 27Capítulo 28Capítulo 29Capítulo 30Capítulo 31Capítulo 32Capítulo 33Capítulo 34Capítulo 35Capítulo 36Capítulo 37Capítulo 38Capítulo 39Capítulo 40Capítulo 41Capítulo 42Capítulo 43Capítulo 44Capítulo 45Capítulo 46Capítulo 47Capítulo 48Capítulo 49Capítulo 50Capítulo 51Capítulo 52
1Disse-me o Senhor: “Vai e compra um cinto de linho e coloca-o sobre os rins, sem, contudo, mergulhá-lo na água”.*
2Comprei-o, conforme ordenara o Senhor, e com ele me cingi.
3Pela segunda vez, assim me falou o Senhor:
4“Toma o cinto que compraste e que trazes contigo e encaminha-te para as margens do Eufrates. Lá ocultarás esse cinto na cavidade de um rochedo”.
5Fui assim escondê-lo, junto do Eufrates, como me havia dito o Senhor.
6Tempos depois, voltou o Senhor a dizer-me: “Põe-te a caminho em demanda das margens do Eufrates, a fim de buscar o cinto que, conforme minhas ordens, lá escondeste”.
7Dirigi-me, então, ao rio e, tendo cavado, retirei o cinto do local onde o escondera. O cinto, porém, apodrecera, e para nada mais servia.
8Então, nestes termos, foi-me dirigida a palavra do Senhor:
9“Eis o que diz o Senhor: assim também destruirei a soberba de Judá, e o orgulho imenso de Jerusalém.
10Esse povo perverso que recusa executar-me as ordens, que segue os pendores do coração empedernido, que corre aos deuses estranhos para render-lhes homenagens e prostrar-se ante eles, se tornará semelhante a esse cinto sem mais serventia alguma.
11À semelhança de um cinto que se prende aos rins de um homem, assim uni a mim toda a casa de Israel e toda a casa de Judá – oráculo do Senhor –, a fim de que constituíssem meu povo, minha honra, glória e ufania. Elas, porém, não obedeceram”.
12“Vai, portanto, e assim lhes fala: Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: uma vasilha é destinada a ser enchida de vinho. Responderão eles: bem sabíamos que toda vasilha é para ser enchida de vinho!
13Mas tu lhes dirás: Eis o que diz o Senhor: Vou encher de embriaguez todos os habitantes desta terra: os reis que ocupam o trono de Davi, os sacerdotes, os profetas e a população inteira de Jerusalém;
14e vou quebrá-los, uns contra os outros, pais e filhos – oráculo do Senhor –, sem que compaixão, piedade ou perdão me impeçam de destruí-los.”*
15Escutai, prestai ouvidos e não vos enchais de orgulho, pois quem fala é o Senhor.*
16Rendei glória ao Senhor, vosso Deus, antes que surjam as trevas, e antes que se choquem vossos pés nos montes invadidos pelas sombras. A luz que esperais será transformada em escuridão, pois que ele a converterá em noite profunda.
17Se não prestardes ouvidos, a minha alma derramará lágrimas em segredo por vosso orgulho, e meus olhos se fundirão em pranto, por causa da deportação do rebanho do Senhor.
18Dize ao rei e à rainha: sentai-vos no chão, porque caiu de vossa cabeça o diadema que a ornava.
19As cidades do sul estão fechadas, e não há quem as abra. Judá foi arrebatada; completou-se a deportação.
20Ergue os olhos; vê os que chegam do norte. Onde está o rebanho que te fora confiado, onde os carneiros que constituíam tua glória?
21Que dirás, quando Deus te der por senhores aqueles que exercitaste contra ti? E acaso não se apossarão de ti dores quais as da mulher que está de parto?
22Se vieres a dizer em teu coração: “Por que me acontecem tais coisas?”. É por causa da enormidade de tua falta que foram levantadas as tuas vestes e puseram brutalmente teu calcanhar a nu.
23Pode um etíope mudar a própria pele? Ou um leopardo apagar as malhas de que se reveste? E vós, como podereis praticar o bem, se estais impregnados de maldade?
24Eu os dispersarei como palha que o vento do deserto arrebata.
25Tal é teu destino, a partilha que receberás de mim – oráculo do Senhor –, porque te esqueceste de mim, confiando no que é apenas mentira.
26Até a cabeça erguerei tuas vestes, a fim de expor aos olhares tua nudez!
27Teus adultérios e desregramentos, e tua luxúria infame nas colinas e nos campos, todas essas abominações, eu as vi. Desgraçadas de ti, Jerusalém! Por quanto tempo, ainda, permanecerás impura?