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Capítulo 11 de 42

1Então, Sofar de Naamat tomou a palavra nestes termos:

2“Ficará sem resposta o que fala muito? Terá razão o grande falador?

3Tua loquacidade fará calar os demais? Zombarás sem que ninguém te repreenda?

4Dizes: ‘Minha opinião é a verdadeira, sou puro aos teus olhos’.

5Oxalá Deus pudesse falar e abrir seus lábios para te responder.

6Se te revelasse os mistérios da sabedoria, que são ambíguos para o espírito, saberias então que Deus esquece uma parte de tua iniquidade.*

7Pretendes sondar as profundezas divinas, atingir a perfeição do Todo-poderoso?

8Ela é mais alta do que o céu! Que podes tu fazer? É mais profunda que os infernos! Que podes tu saber?

9É mais longa que a terra, mais larga que o mar.

10Se ele surge para aprisionar, se apela à justiça, quem o impedirá?

11Pois ele conhece os malfeitores, descobre a iniquidade, presta atenção.

12Diante disso, uma pessoa insensata pode criar juízo, e um asno tornar-se criatura humana.*

13Se voltares teu coração para Deus, e para ele estenderes os braços;

14se afastares de tuas mãos o mal e não abrigares a iniquidade debaixo de tua tenda,

15então poderás erguer a fronte sem mancha; serás estável, sem mais nenhum temor.

16Esquecerás daí por diante as tuas penas, como águas que passaram, serão apenas uma lembrança.

17O futuro te será mais brilhante do que o meio-dia, as trevas se transformarão em aurora.

18Terás confiança e ficarás cheio de esperança. Olhando em volta de ti, dormirás tranquilo.

19Repousarás sem que ninguém te inquiete e muitos acariciarão o teu rosto.

20Porém, os olhos dos maus serão consumidos, para eles, nenhum refúgio, e não terão outra esperança senão em seu último suspiro”.